Amor-Exigente oferece ajuda para parceiros de dependentes

Atento às necessidades dos que convivem com a dependência química, o Amor-Exigente reforça os trabalhos voltados para os cônjuges através dos grupos Subgrupos de Cônjuges. Eu e Maria Helena Ferramola, minha querida amiga, companheira, voluntária de AE e coordenadora dos Subgrupos fizemos alguns trabalhos juntas neste contexto. Acompanhe!
E mais: nos dias 29 de março e 05 de abril , o programa Amor-Exigente na Rede Vida, às 8 da manhã, vai trazer todos os detalhes sobre o tema.




A codependência é o transtorno comportamental que atinge as pessoas que convivem com os dependentes químicos. Pais, filhos, irmão, amigos, esposos e esposas desenvolvem comportamentos que caracterizam o transtorno, entre eles o controle. Para controlar a vida e o comportamento do dependente, abdicam de suas próprias vidas. Passam a ser tomadores de conta. Sentimentos como a culpa, a raiva, o medo fazem parte da rotina dos codependentes.
São estes fatores que são trabalhados nas reuniões de familiares de Amor-Exigente. Através de partilhas, da contemplação de experiências de seus iguais, os entes dos adictos encontram alívio para suas dores e forças para mudar.
Porém, existe um determinado grupo entre os codependentes que merece um tratamento diferenciado: os cônjuges.
Há 12 anos, após a constatação de que as companheiras e esposas, dentro dos subgrupos de pais, não conseguiam partilhar de forma clara, falando das dificuldades da relação do casal frente à dependência química, surgiu o 1º Subgrupo de Esposas, em Campinas/SP.
Segundo Maria Helena Ferramola, coordenadora do grupo, tais esposas ocultavam muito de suas historias para não se exporem diante dos pais, principalmente, no que se referia às suas experiências afetivo-sexuais “Não havia identificação com os pares, então entravam mudas e saiam caladas e, ao não partilharem suas vidas, sentimentos e emoções, adoeciam”, explica Maria Helena. “E a doença progressiva afetava diretamente o dependente químico, que por sua vez progredia em seus distúrbios”.
A coordenadora explica que as esposas que permaneceram nos Grupos de Apoio tentando absorver o Programa, perceberam que era ali o seu lugar e que de fato o Amor-Exigente funcionaria se persistissem na vivência dos 12 Princípios Básicos e 12 Princípios Éticos. Criou-se então um Subgrupo de Cônjuges e/ou Companheiros de dependentes químicos, de dependentes de jogo, sexo, de relacionamentos problemáticos em geral.
Maria Helena explica que o subgrupo de cônjuges de AE é assinalado por um traço muito concreto: a relação afetivo-sexual entre os pares. O vínculo estreito da relação amorosa é o fio invisível que ata a codependência entre companheiros em todos os aspectos do cotidiano. O controle da vida em comum, ou da vida do outro, muitas vezes é fator viciante de brigas, sumiços, discussões, medos e disputas que geram muita adrenalina.
“Hoje, após quase cinco anos de trabalhos contínuos neste subgrupo, temos a convicção de que mais uma vez estamos sob a inspiração do Espírito Santo, no rumo certo para apoiar homens e mulheres que querem sair da doença que mata seus relacionamentos”, declara Maria Helena. “Estamos totalmente estruturados no Programa Amor-Exigente, e o formato das reuniões deste subgrupo obedece rigorosamente ao método usado para os demais grupos – pais, jovens, adolescentes, crianças sendo que apenas o foco é diferenciado”.
Durante o 9º Congresso Nacional e 1º Internacional de Amor-Exigente, que aconteceu entre os dias 9 e 12 de julho, em Aracruz/ES, Maria Helena e eu coordenamos a sala temática intitulada Dinamização do Grupo de Parceiros de Dependentes Químicos. Para a ocasião, também escrevemos juntas uma publicação sobre este trabalho, a apostila de Subgrupos de Cônjuges de Amor-Exigente.
Mais informações sobre o trabalho, ligue para o Amor-Exigente (19) 3252.2630 ou acesse http://www.amorexigente.org.br/