Seja pela convivência com dependentes químicos ou pela exposição prolongada à outras situações opressoras, os comportamentos do codependente costumam estar disfuncionais, exageradamente voltados para o controle do outro, mantendo um contínuo e crescente afastamento de si. A cada passo em direção à vida do outro, na tentativa de controlar o seu comportamento, dirigir a sua vida, responsabilizar-se pelas consequências de seus atos, o codependente está deixando de fazer todas essas coisas por si mesmo e, ao longo de tempo, o resultado será desastroso.
O que será de mim se eu cuido do outro ( acho que cuido), mas ninguém cuida de mim? Com o tempo, o distanciamento se torna tão intenso que ele esquece do que gosta, do que não gosta, do que quer, de quem é.
O primeiro passo em direção à "cura", ou seja, à mutação da condição emocional em que a codependência coloca o indivíduo, é o desligamento emocional do outro. Após a aceitação da sua condição, o codependente precisa fazer uma escolha consciente por si e para isso, precisa, mesmo que temporariamente, se desligar emocionalmente do outro, se desapegar, se libertar do vínculo adoecido para então começar, pouco a pouco, a olhar para si , cuidar de si e iniciar a jornada que incluirá a construção do amor-próprio para que, a partir dele, possa amar de verdade, sem obsessão, apego ou enganos,
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