Quando um familiar procurar um grupo de apoio, normalmente, a dor é tanta que ele não está muito motivado a ouvir que terá ajudado para si. Ele quer ajudar para seu ente querido que está usando drogas, ele quer uma varinha de condão que faça com que tudo isso passe. A prontidão de alguns faz com que continuem voltando, mesmo que com dificuldades ou ainda pouco ou quase nenhum conhecimento do motivo pelo o fazem. Outros tantos, infelizmente, não voltam.
Para os que ficam, bem-vindos. Começa a jornada em direção à mudança. Seja ela qual for, nada será como antes. Orientação, informação, entendimento, manejo da situação, novo posicionamento diante do problema, tomada de novos comportamentos, empoderamento, segurança, retomada da autoestima, consequente mudança de comportamento no sistema familiar e qualidade de vida são alguns dos resultados alcançados.
Mas, há algo, mais profundo, mais próximo às prioridades de todo ser humano que é a satisfação da necessidade de pertencimento. Quando um familiar passa a integrar um grupo de apoio, ele sabe que não está mais sozinho. Sua rede protetiva aumenta significativamente. Ela ganha amigos, parceiros, pessoas que passam a fazer parte de suas famílias mais do que as suas próprias. E este sentimento de pertencimento alavanca todas as suas conquistas, lhe dá força, coragem e autonomia para seguir adiante e enfrentar a problemática da dependência de drogas em sua família. Ele sai do isolamento em que normalmente o familiar se encontra quando está assolado com o impacto da descoberta e parte para o pertencimento à uma nova família, que o acolhe, compreende, apoia e estimula, sem julgamento!
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