segunda-feira, 18 de junho de 2012

O problema é meu!

Infelizmente, na vivência com o dependência químico, nós, codependentes, temos o hábito de nos afogarmos na negação, atribuindo ao ente querido toda a nossa infelicidade.
"Se ele fosse diferente"..."Quando ele entrar em recuperação, serei feliz"..."Ele me trata tão mal"...
Estas são as afirmações habituais dos familiares.Porém, a experiência revela o contrário.
Histórias de esposas que não sabem como lidar com o marido em recuperação, por não mais poderem representar seus papéis de vítima, são exemplos desta verdade. Passam a vida esperando por este momento e quando ele chega sentem-se vazias, sem função, afinal, vão cuidar de quem? Vão atribuir a quem as mazelas de suas vidas?
Outros exemplos são as situações em que os pais não participam do processo de recuperação dos filhos.Acham que o problema é só deles e que eles não precisam de nada, de nenhum tratamento.
Assim, caminhamos na vida rumo aos caos. É nas relações que temos a oportunidade de conhecer as nossas dificuldades internas. É por meio dos relacionamentos que podemos nos melhorar como pessoas, buscando enxergar aquilo que vai dentro de nós, aquilo que nos machuca no outro.
Para mim, só há um caminho para a evolução emocional: a responsabilidade sobre os meus comportamentos, sentimentos, atitudes, escolhas e problemas. Sem culpa, mas com aceitação.
O que me afeta é problema meu! E é disso que tenho que cuidar, independente do que o outro faça a mim, a ele ou ao mundo.

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