O controle, como já lemos na matéria " A necessidade de controlar", é uma das principais características da codependência.
Vamos então, começar a atacar o problema em sua raiz. Vamos olhar para ele e, honestamente, responder a seguinte pergunta:
"Tenho mesmo o poder de mudar o runo das coisas através do meu controle"?
A partir desta resposta sincera, busque listar as vezes em que você tentou controlar as situações e as consequências dessas ações. Procure escrever sobre isso, lembrar detalhes, descrever quais foram as suas sensações ao tentar tomar conta de alguém, de alguma situação, como se fosse capaz de alterar o destino das coisas. O que você sentia? O que o mobilizou? No fundo, no que você acreditava? O que você estava tentando impedir que acontecesse? Do que você tinha medo?
E nestas situações, você se machucou? Foi além dos seus limites? Impediu que acontecesse aquilo que você temia?
Consegue imaginar como as coisas aconteceriam caso você não tivesse tomado a frente da situação? As coisas seriam diferentes? Iguais? Você estaria melhor? Pior? Do que você teria se poupado?
A partir deste pequeno inventário sobre o papel do controle em sua vida, você terá como validá-lo e escolher se deseja ou não prosseguir com este comportamento.
Se você chegou à conclusão que de nada serviu o controle, a não ser para afastar você de si mesmo, de enfraquecer a si mesmo, e deseja fazer diferente, então é preciso iniciar o processo de mudança a partir desta decisão. Como?
Pequenos movimentos diferentes para começar a criar novas rotas em seu caminho
Tente começar observando as situações e percebendo seu movimento em direção ao controle quando ele aparecer. Agora, que você o percebe, pode então escolher se quer dar vazão à sua ação. Tente fazer diferente, não tome conta de situações que não são suas, não controle, não palpite, não imagine e manipule para que as coisas sigam o caminho que você imagina.
Para isso, busque ajuda num lema bem interessante dos Grupos Anônimos: " Solte-se e entregue-se a Deus" ou ainda " Viva e deixe viver".
Vamos tentar?
Essa é a primeira meta : tentar não controlar. Com calma, um dia de cada vez, chegaremos lá!
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